O lema que dou a minha personagem Corva I na peça escrita por Marília Ribeiro, que por acaso também fará duas personagens em As Corvas, é ser exagerada.
Na verdade, exagerar é uma forma que achamos para criar novas maneiras para a personagem. Para mim, é muito complicado agir com o corpo, porque, mesmo tendo experiência em dança, tenho a tendência a querer interpretar de dentro para fora. Isso quer dizer que o personagem, ou as características do personagem, tendem a sair menores.
E está aí a minha dificuldade inicial, que pouco a pouco está sendo ultrapassada com exercícios nas nossas tardes de ensaio.
Além disso, a peça As Corvas passa por um momento crucial de descoberta de identidade. Acredito que identidade é uma característica importantíssima para o desenvolvimento de um trabalho que tenha unicidade e que seja verdadeiro tanto para os atores quanto para o nosso futuro público.
Dentro de tudo isso, As Corvas é uma peça que vem tomando forma e personalidade. Ainda estamos em processo de experimentação das possibilidades, vendo muitos vídeos de dança contemporânea e de teatro expressionista, colocando em prática nossas próprias habilidades, e buscando, principalmente no meu caso, ser mais over, mais pra frente, mais prático... Tarefa complicada, mas que tende a ser bem-sucedida a medida que a proposta principal vai sendo encorpada às possibilidades.
Cena do espetáculo " The Black Rider" de Tom Waits, Robert Wilson e William S. Burroughs
http://blackrider.novembertheatre.com//
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Corva I - resumo geral
Serva incondicional de Pomba. Aparentemente bem resolvida, guarda mágoas e decepções que aparecem em momentos de devaneios, distração e raiva. Sente-se ameaçada pela ascensão de Corva II como a possível melhor ajudante de Pomba. Extremamente debilitada por doenças, mostra-se ágil, característica que sugere sua pouca idade.
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